Simples assim ...

Minha foto
Daiane Rocha
"Sou o que quero ser, porque possuo apenas uma vida e nela só tenho uma chance de fazer o que quero. Tenho felicidade o bastante para fazê-la doce dificuldades para fazê-la forte, Tristeza para fazê-la humana e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos." Clarice Lispector
Ver meu perfil completo

Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a pena!!!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Individualidade

Carl Gustav Jung definiu individuação como um processo por meio do qual uma pessoa se torna consciente de sua individualidade.

Individualidade pode ser definida como o conjunto de atributos que constituem a originalidade, a unicidade de uma criatura, e que a distinguem de outras tantas; é o somatório das características inerentes à alma humana. Toda criatura que se individualizou tornou-se um ser homogêneo, pois não mais procura comparar-se com os outros, admite a sua singularidade.

O ser vivente, atravessando inúmeras etapas evolutivas através das mais diversas encarnações, traz consigo uma gama imensa de traços de personalidade acumulados nas vidas pretéritas, assemelhando-se a verdadeiras "fotocópias do passado".

Por não termos uma percepção clara de nossa real identidade é que somos escravos da opinião alheia.

Em determinadas fases de nossa vida, pensamos ser aquilo que os outros pensam que somos. Somos dependentes. Em outras deixamos a dependência e a submissão aos outros e nos tornamos unicamente vinculados àquilo que pensamos de nós mesmos. Somos independentes.

Entretando, quando tudo sugere tranquilidade e certeza, surge um vazio existencial; parece faltar algo de fundamental em nossas vidas e entendemos que estamos ainda na superfície de nossa intimidade. Aí se inicia a busca mais profunda em nosso interior - o processo de individuação.

A máscara de autonomia que usávamos cai e descobrimos que representava apenas um compromisso entre nós e a sociedade quanto àquilo que alguém aparenta ser: nome, sexo, nacionalidade, título, profissão ou ocupação. Na realidade, todos esses dados são verdadeiros; mas, quando se trata de nossa individualidade profunda, eles pouco representam, pois estão ligados às realizações externas e aos objetivos do ego.

O passo essencial no processo de individuação é a retirada de nossa máscara ou persona - personalidade que nós apresentamos aos outros como real, mas que em muitas ocasiões, difere consideravelmente da verdadeira.

Embora a máscara tenha funções psicológicas importantes para a nossa proteção em certos períodos da vida, ela também turva e oculta o nosso "Eu" real, ou seja, a alma.

Para nos tornarmos um indivíduo, são necessários o exercício do autoconhecimento e uma constante auto-observação, para que possamos distinguir com nitidez o que somos agora e o que fomos ontem, sem querer acomodar todos os pontos de vista das pessoas com as quais convivemos.

Individualizar-se é reconhecer a própria maneira de desenvolver-se física, emocional e espiritualmente.

Os Benfeitores Espirituais enfatizam que as leis divinas "devem ser apropria das à natureza de cada mundo e proporcionais ao grau de adiantamento dos seres que os habitam".

As leis naturais que dirigem a vida são sábias e justas e agem em cada indivíduo de forma relativa e não generalizada. A Onipotência Divina leva em conta a imensa diversidade dos níveis de amadurecimento dos seres humanos; portanto, o juízo é sempre proporcional ao estágio evolutivo de cada criatura.

Ao nos identificarmos com nosso "Eu" mais profundo, reconhecemos que somos espíritos imortais e, por consequência, emerge de nossa intimidade uma consciência liberta do mundo mesquinho, dimuto e pessoal do ego. Aberta a uma postura ética de participação nos interesses coletivos, a consciência identifica-se com uma cosmovisão, onde todas as coisas estão ligadas por sutil e complexa malha de fios invisíveis.

Extraído de livro "Os Prazeres da Alma, Uma reflexão sobre os potenciais humanos."